sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ministério será anunciado no momento adequado

A presidenta eleita Dilma Rousseff  disse que vai evitar especulações em torno das nomeações do futuro ministério. Ela não adiantou quando será feito o anúncio. À pergunta se havia convidado o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para continuar no cargo, ela respondeu que não tratou sobre isso durante a viagem até a Coreia do Sul, cuja duração é de mais de 24 horas.
“Não tratamos disso não. Nem tinha sentido tratar dessa questão [no voo do Brasil para a Coreia]. Vou tratar disso quando for tratar de toda a questão [de nomeações], de todo o ministério. Quando for anunciar, vou anunciar direitinho, não vou especular”, afirmou Dilma, que viajou com Mantega em duas etapas – de São Paulo para Frankfurt e de Frankfurt para Seul.
Bem-humorada, a presidenta eleita afirmou que não pretende antecipar medidas que tem em mente para a área econômica. Ela disse que segue os princípios do ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill. De acordo com Dilma, Churchill afirmou certa vez que havia decisões que não deviam ser confessadas nem para si mesmo
“Se eu tivesse medidas, eu não diria aqui”, afirmou Dilma, dirigindo-se aos repórteres na recepção do hotel em que está hospedada. Em seguida, ela perguntou aos jornalistas: “Vocês conhecem aquela do Churchill? Perguntaram se ele faria tal medida. Ele disse não. Aí, depois, ele tomou a medida e os repórteres perguntaram: mas você disse que não iria tomar a medida. Aí, ele respondeu: há certas medidas que não confessamos nem para nós mesmos”.
Salários
Dilma Rousseff defendeu aumento salarial para os ministros de Estado, mas negou que haja a mesma necessidade de reajuste para o presidente da República. Segundo ela, se não houver o reajuste salarial será impossível nomear ministros, pois há uma “defasagem” em relação ao oferecido aos ministros e o que o setor privado propõe. Ela concedeu entrevista coletiva depois de fazer um rápido passeio por Seul, capital sul-coreana.
“De fato, alguma coisa tem de ser feita sobre os salários dos ministros. Caso contrário, não teremos ministros", afirmou Dilma, que está na Coreia do Sul como convidada para a Cúpula do G20 (que reúne as maiores economias mundiais).
A presidenta afirmou, porém, que a proposta de reajuste para o salário de presidente da República não está entre suas prioridades. “Não acho que seja uma questão relevante, mas a dos ministros eu tenho certeza porque já vi problemas neste segmento”. Sobre o reajuste dos salários dos parlamentares, Dilma disse desconhecer que eles recebam cerca de R$ 16 mil. “Não sei qual é o salários dos senadores”, afirmou.

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